Exposição fotográfica Contrastes evidencia feminismos e diversidades sexuais no Brasil e América Latina

Exposição fotográfica Contrastes evidencia feminismos e diversidades sexuais no Brasil e América Latina

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A exposição virtual estreia na abertura do  IX Curta o Gênero dia 10 de agosto

As séries de fotografias escolhidas para a IX Contrastes – gênero, tempos, lugares, olhares mostram as questões centrais levantadas pelo Curta o Gênero, evento do qual faz parte. Em 2021, a  exposição fotográfica do COG apresenta 27 imagens de nove fotógrafos, fotógrafas e fotógrafes, captadas em diversos lugares do Brasil e América Latina. As imagens registram histórias de vidas e comunidades afetadas pelas violações de direitos, desigualdades sociais e de gênero, assim como afirmam a diversidade sexual e a ancestralidade negra.

As imagens foram reunidas em uma exposição virtual, que será exibida no dia da abertura da nona edição do evento Curta o Gênero. A estreia acontecerá dia 10 de agosto a partir das 19h pelo canal do Curta o Gênero no Youtube.

Os artistas que compõem a Constrastes são Thamires Lima (Pernambuco), Juma Jandaíra (São Paulo), Ibsen Santos (Bahia), Jean dos Anjos (Ceará), Kally Lopes da Silva ( Rio Grande do Norte), Karine Santos (Santa Catarina), Renata Fortes (Ceará/Piauí), Telemanita (México) e Wander Rocha (Rio de Janeiro).

As fotografias  são parte de projetos fotográficos, audiovisuais e de residência artística  dos artistas. Os registros são ações políticas e sociais que questionam a desigualdade social nos centros urbanos, a violência de gênero, em especial o feminicídio. Por outro lado, há imagens que afirmam a existência das pessoas trans a partir de um olhar poético sobre seus corpos e homenageiam tradições de matriz africana.

Na série Mulheres do Pilar, a fotógrafa e jornalista Thamires Lima mostra a  vulnerabilidade em que vivem moradoras desta comunidade histórica localizada no centro de Recife. “Essa comunidade tem o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano de Pernambuco. Eu pude acompanhar mulheres por seis meses diariamente. A maioria delas são mães solteiras, muitas são comerciantes ambulantes. Esse projeto fotográfico serve de urgência para abrir os olhos dos governantes”, explica. A fotógrafa comemora a participação na IX Contrastes e no IX Curta o Gênero. “Sempre me identifiquei muito, era um sonho meu expor um trabalho nessa mostra tão importante pela igualdade de gênero e luta pelos direitos das mulheres”, afirma.

BIO anti-TERRORISMO BEIJÚ é o resultado da residência artística que a fotógrafa, professora e produtora Juma Jandaíra vivenciou junto a um povo indígena na Colômbia. “Quis produzir um conjunto de fotos que retratasse o passo-a-passo da produção de beiju, que lá se chama “kasabi”, explica ela. A proposta da fotógrafa é convidar à reflexão sobre o assustador índice de violência contra a mulher indígena.

“Melissa Reis, a Moça da Taça”, série produzida pelo fotógrafo Jean dos Anjos, é uma homenagem à travesti e  ativista em Direitos Humanos, Melissa Reis. As imagens mostram a mulher no terreiro de Umbanda no Bairro Bom Jardim, em Fortaleza, onde ela pratica sua fé.  “É uma pessoa de coração imenso. Travesti, Melissa já comeu o pão que o diabo amassou, mas na força da fé conseguiu a superação”, explica Jean.

Na mesma linha,  a série Pasta D'água, de Kally Lopes da Silva (RN) dá  visibilidade à cultura ancestral negra. As imagens produzidas em um ambiente natural no bairro da Redinha na cidade de Natal tem como foco a espiritualidade e a natureza a partir do olhar afro-diaspórico do público.

O ensaio fotográfico “Flutua”, de Ibsen Santos (Bahia)  capta imagens da “desnudez dos corpos e almas de três mulheres trans, Alyssa, Thaylor e Joana”. Cenas de demonstração de afeto pelas ruas de São Paulo são tema da série “E-xiste amor em SP”, de autoria de Karine Santos (SC). Ela  mostra a pluralidade dos relacionamentos em suas mais diversas formas. Em “Tramas de Tempos” Renata Fortes (Ceará/Piauí) capta as tradições que estreitam vínculos entre as mulheres de sua família.

No México, a organização feminista Telemanita promove os direitos das mulheres por meio da linguagem audiovisual. Na série “Tomando las calles en contra de los feminicidios en tiempos de COVID/ 2020” são registradas intervenções urbanas contra a violência de gênero. “Foram selecionadas três fotografias  que tomamos durante a documentação que estávamos fazendo para o grupo Animalas Y Lumbreras no projeto Danza de las Excluídas”,explica Alejandra Novoa,  fundadora do Telemanita.

O fotógrafo carioca Wander Rocha traz sua série Invisibilidades, com imagens captadas na cidade de Campinas. “Pra mim é uma grande honra ter sido um dos selecionados, tenho um trabalho documental sobre invisibilidade na sociedade. Em 2017, criei uma exposição chamada, “Se você não entende, não vê... Se não me vê, não entende” sobre qualquer tipo de invisibilidade: das pessoa com deficiência, de uma pessoa de idade, de um transexual pela questão de gênero”, detalha ele.

Serviço

IX Curta o Gênero

IX Contrastes – gênero, tempos, lugares, olhares
Estreia: 10 de agosto, a partir das 19h, no Canal Curta o Gênero no Youtube
Gratuito

      


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